Segundo o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), valor em julho de 2024 variou 0,40%

O valor do metro quadrado da construção civil está atualmente em R$ 1.756,01, sendo R$ 1.009,31 referentes a materiais e R$ 746,70 à mão de obra. Esses dados são da atualização de agosto do SINAPI, índice calculado pelo IBGE em parceria com a Caixa Econômica Federal.

Em julho de 2024, houve uma variação de 0,40%, 0,16 ponto percentual abaixo do índice de junho (0,56%). Para comparação, em julho do ano passado, o SINAPI registrou uma alta de 0,23%.

Com essa atualização, o acumulado dos últimos 12 meses para o valor do metro quadrado da construção civil subiu para 2,66%, superando os 2,49% dos 12 meses anteriores.

Valores de Materiais e Mão de Obra

Em julho, a variação dos materiais de construção foi de 0,30%, uma alta considerável em relação ao mês anterior (-0,05%). Em comparação com julho de 2023 (0,01%), houve um aumento de 0,29 ponto percentual.

A mão de obra, por sua vez, apresentou uma variação de 0,53%, representando uma queda de 0,87 ponto percentual em relação a junho (1,40%), devido ao menor número de acordos coletivos no período. Em relação a julho de 2023 (0,53%), o índice se manteve estável.

Nos últimos 12 meses, o acumulado foi de 0,76% para materiais e 5,35% para mão de obra.

INCC-M

Além do SINAPI, o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também é um indicador relevante para o setor.

Assim como o índice do IBGE, o INCC-M acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências. Ele é calculado em sete capitais: Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Desempenho do INCC-M em Julho

Em julho de 2024, o INCC-M registrou um aumento de 0,69%, abaixo da taxa de 0,93% de junho. O INCC-M acumula uma alta de 4,42% em 12 meses. Em comparação, em julho de 2023, o indicador subiu 0,06% e o acumulado em 12 meses foi de 3,15%.

Segundo o índice, o custo com mão de obra aumentou 0,85% em julho, comparado a 1,61% em junho. Já os custos com materiais, equipamentos e serviços subiram 0,58%, após um aumento de 0,46% no mês anterior.

Dentro do grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou um aumento de 0,58% em julho, um incremento em relação à taxa de 0,48% de junho. Esse movimento reflete uma tendência de alta nos preços desses insumos, essenciais para a construção. Dois dos quatro subgrupos que compõem essa categoria apresentaram aumento em suas taxas de variação.

Destaca-se o subgrupo "materiais para estrutura", que teve a taxa aumentada de 0,18% para 0,39%.

Na categoria de Serviços, houve uma variação significativa, passando de 0,29% em junho para 0,65% em julho. Esse aumento foi impulsionado pelo item "projetos", cuja taxa de variação subiu de 0,30% para 0,86%.

As capitais Brasília, Recife e São Paulo experimentaram uma desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades. Por outro lado, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre registraram aumentos, indicando uma alta nos custos de construção nessas cidades.

CUB

Além do SINAPI e do INCC, outro indicador importante para o setor é o Custo Unitário Básico (CUB), calculado mensalmente pelos sindicatos da indústria da construção civil em cada região, com base nos preços de produtos e serviços relacionados à atividade.

O CUB reflete a variação dos custos das construtoras e é um indicador fundamental para calcular os custos de mão de obra e serviços. Ele é obrigatório nos registros de incorporação de empreendimentos imobiliários, com o preço básico determinado por metro quadrado, apurado segundo projetos-padrões de referência.

Importância do Valor do Metro Quadrado na Construção

O SINAPI, produzido pelo IBGE e pela Caixa Econômica Federal, foi criado em 1969 para fornecer informações sistematizadas sobre custos e índices de construção em todo o país, auxiliando na elaboração e avaliação de orçamentos e no acompanhamento de custos.

Atualmente, o SINAPI é a principal referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil. As séries mensais de custos e índices referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras, excluindo despesas com projetos, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciação de equipamentos, compra de terrenos, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais para a programação de investimentos, especialmente no setor público, ajudando na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, e na atualização dos valores de despesas em contratos e orçamentos.

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