O setor da construção civil vive um momento de destaque e crescimento. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados (Caged), entre janeiro e maio deste ano, foram criadas 159,2 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada no setor. Com isso, o número de pessoas empregadas na construção civil chegou a 2,9 milhões em maio, representando um aumento de 6,12% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Esse é o maior nível de emprego registrado no setor desde novembro de 2014.

O setor da construção civil é dividido em três subgrupos: edifícios, infraestrutura e serviços especializados. Neste ano, a construção de edifícios foi responsável por 42,5% das vagas geradas entre janeiro e maio, impulsionada pela retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) após os benefícios implantados no ano passado. Serviços especializados responderam por 32,9% das vagas, enquanto o segmento de infraestrutura contribuiu com 24,6%.

Em Minas Gerais, o cenário é semelhante. O setor emprega atualmente 345 mil pessoas no estado, sendo aproximadamente 110 mil em Belo Horizonte. Para Renato Michel, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o setor segue em alta desde a pandemia. "A construção civil teve um desempenho notável durante a pandemia, e 2021 foi o melhor ano da história do mercado imobiliário mineiro. As famílias passaram a valorizar mais o imóvel, adaptando-se a novas necessidades como o home office", afirma Michel.

A mudança no perfil de demanda impulsionou a criação de empregos, com o setor saltando de 1,5 milhões para 2,7 milhões de postos de trabalho durante a pandemia. "2021 foi o auge, e 2022 e 2023 também foram anos excelentes. Temos uma expectativa muito positiva para 2024, especialmente no segundo semestre, que historicamente é mais forte", conclui Michel.

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